sábado, 9 de janeiro de 2016
Poesias #2
Olá pessoal, hoje vamos ter 3 poesias.
A primeira poesia de hoje chama;
Receita para um Dálmata(ou: soneto branco com bolinhas pretas)
Pegue um papel, ou uma parede, ou algo
que seja quase branco e bem vazio.
Amasse-o até que tome forma
de um animal:focinho, corpo, patas.
Em cada pata ponha muitas unhas
e em sua boca muitos dentes.(caso
queira pinte o focinho de qualquer
cor que pareça rosa).Atrás, na bunda,
ponha um fiapo nervoso:será seu
rabo.Pronto.Ou quase: deixe-o lá
fora e espere chover nanquim.Agora
dê grama ao bicho.Se ele rejeitar,
é Dálmata.Se comer (e mugir),
é uma vaca que tens.Tente outra vez.
Gregório Duvivier
A outra poesia se chama:
Infantil
O menino ia no mato
e a onça comeu ele.
Depois o caminhão passou por dentro do corpo do
menino
E ele foi contar para a mãe.
A mãe disse: mas se a onça comeu você, como é que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É que o caminhão passou renteando meu corpo
E eu desvie depressa.
Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu não preciso de fazer razão.
Manoel de barros
E para a ultima poesia nos temos:
"Rubro céu céu Rubro"
rubro céu céu rubro
chuva verde verde chuva
muro negro muro
Pedro Xisto
Até a próxima postagem pessoal!
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